Representantes das empresas Vale e ArcelorMittal participaram da reunião da Comissão de Meio Ambiente desta quinta-feira (17) para apresentar as ações desenvolvidas para o controle da poluição atmosférica.
As metas foram estabelecidas pelos Termos de Compromisso Ambiental (TCAs) 35 e 36/2018 e o colegiado acompanha com regularidade o andamento das iniciativas.
O coordenador de Empreendimentos Industriais do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Maurício Castro, informou sobre a quantidade de metas atingidas.
A ArcelorMittal possui 131 metas, tendo cumprido 67 até o momento. Já a Vale tem 48 e cumpriu 20. O prazo, que era até o final deste ano, foi estendido para 2024 após reunião com o Ministério Público estadual, em função da pandemia.
Segundo Castro, o Iema realizou 184 vistorias no Complexo de Tubarão nos últimos 5 anos para o acompanhamento das ações.
Vale
O gerente de Meio Ambiente da Vale, Romildo Fracalossi, falou sobre as medidas adotadas pela empresa para cumprir o TCA 35/2018. Fracalossi destacou, principalmente, o enclausuramento de sistemas e o fechamento de áreas para evitar a suspensão de partículas. “Onde é possível, estamos fechando as áreas para que o manuseio dos produtos não seja feito a céu aberto”, afirmou.
Fracalossi também informou que a empresa está instalando mais seis quilômetros de wind fences, que são barreiras de vento para tentar reduzir a poluição do ar. De acordo com ele, elas serão concluídas em dezembro deste ano e todas as áreas de estocagem ficarão protegidas com essas barreiras.
ArcelorMittal
A coordenadora do programa Evoluir da ArcelorMittal, Gabriela Ludolf, explicou que o TCA 36/2018 estabeleceu 114 diretrizes de cumprimento imediato e 131 metas. Essas diretrizes e metas foram desdobradas em 446 ações e 66% delas estão totalmente concluídas.
Ludolf apresentou medidas adotadas pela empresa, como a instalação de 8 quilômetros de wind fences e a construção de 11 galpões, com 38 mil metros quadrados de área coberta. Ela também citou a utilização de um galpão inflável para áreas que não são de estocagem permanente.
Monitoramento
O presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Gandini (Cidadania), questionou o Iema sobre o relatório de qualidade do ar referente a 2022 e que ainda não foi publicado pelo órgão. De acordo com o deputado, o estudo é importante para avaliar se o cumprimento das metas dos TCAs está trazendo melhoria da qualidade do ar na Grande Vitória.
O técnico do Iema Takahiko Hashimoto Junior explicou que a publicação do relatório demanda avaliação técnica e revisão de dados e que existe um déficit de servidores para a realização do trabalho. A expectativa é que o documento seja disponibilizado no próximo mês.
Gandini e Iriny Lopes (PT) também perguntaram sobre a tecnologia de monitoramento automático da qualidade do ar empregada pelas mineradoras, que, segundo os deputados, seria mais avançada que a utilizada pelo Iema.
Hashimoto respondeu que o órgão vem realizando testes com novas tecnologias e, no momento, está avaliando um equipamento trazido da França. Ele informou, ainda, que o órgão vai inaugurar novas estações de monitoramento.