A condenação de uma família (pai, mãe e filha) pelo abandono e morte de 11 animais, em Vila Velha, foi repercutida pela deputada Janete de Sá (PSB) na sessão ordinária desta quarta-feira (16).
O caso aconteceu em janeiro de 2021, quando os animais foram encontrados mortos no apartamento localizado no Centro do município.
A deputada disse que a “suposta protetora” explorava, na verdade, os bichos: “Ela resgatava animais, pedia dinheiro, a família dela, o marido, a filha, nas redes sociais, através de vaquinhas eletrônicas”, afirmou a parlamentar, que é presidente de dois colegiados sobre a temática na Casa: a CPI dos Maus-Tratos e a Comissão de Bem-Estar e Proteção dos Animais.
Janete recordou que, na época, também foram resgatados outros 34 animais em uma outra propriedade da família.
“Estavam num sítio (...) e conseguimos que o Ministério Público (MPES) ajuizasse e fizesse a denúncia no Tribunal de Justiça (TJES)”, informou.
“O desfecho (do caso) aconteceu no início desta semana.
Nós recebemos o resultado da sentença, condenando essa família (...), disse Janete, acrescentando que os animais foram abandonados e ficaram “por 40 dias, com fome, com sede, presos, encarcerados dentro de um apartamento no Centro de Vila Velha para morrer.”
Os três denunciados foram condenados a 3 anos, 10 meses e 20 dias de prisão. “Espero que sejam presos o mais depressa possível, porque dessa forma a gente vê a justiça. Esses animais, depois de dois anos e meio, alcançaram enfim a justiça, 11 animais mortos, 6 cachorros e 5 gatos”, disse.
Janete finalizou o discurso com um alerta. “A gente tem que ficar muito atento com essas pessoas que são acumuladoras, que se dizem protetoras de animais, mas que na verdade sobrevivem das mazelas desses animais, que são resgatados em condições deploráveis e ao invés de alcançarem um novo lar, uma nova vida, uma segunda chance, são explorados por pessoas inescrupulosas”, pontuou.