Quinze anos se passaram desde que o então adolescente André Baran dividiu a quadra de saibro com Gustavo Kuerten.
De um jovem talento da quadra a sensação nas areias, o brasileiro trilhou deixou o esporte e passou pelo mundo corporativo até se reencontrar como atleta no beach tennis.
Hoje número 3 do mundo no ranking de duplas, quer usar seu recomeço para inspirar e popularizar ainda mais a modalidade no Brasil.
André começou a praticar tênis aos 4 anos de idade. Natural de Santa Catarina, foi treinado por Larri Passos, mentor de Guga, e pintou como um nome promissor para o circuito internacional.
Teve grande destaque quando formou dupla com o tricampeão de Roland Garros no Brasil Open de 2008, na Costa do Sauípe, na Bahia, na turnê de despedida do ídolo
A transição do juvenil para o profissional, no entanto, não foi como o esparo.
André sofreu uma fratura por estresse na lombar e ficou quase um ano parado.
Sem patrocínio não conseguiu retomar a rotina de competições no circuito internacional e foi perdendo a motivação para treinar.
Entendeu que era hora de mudar.
“Acabei não tendo os resultados que eu queria e desanimei com o tênis.
Sempre sonhei ser jogador de tênis, poder levar o nome do Brasil e não estava mais tendo prazer de jogar, quase que uma depressão. Minha mente não estava boa.
Eu me cobrava demais, queria ter resultado.
Mudei minha vida totalmente. Parei, fui para a faculdade, trabalhar, conhecer outra fase da vida”.
A transição do juvenil para o profissional, no entanto, não foi como o esparo. André sofreu uma fratura por estresse na lombar e ficou quase um ano parado.
Sem patrocínio não conseguiu retomar a rotina de competições no circuito internacional e foi perdendo a motivação para treinar.
Entendeu que era hora de mudar.
Depois de cursar Administração, já inserido no mercado de trabalho, André conheceu o beach tennis.
Foi brincar na praia e descobriu um novo hobby aos 26 anos.
Comprou uma raquete usada, viu que as habilidades estavam em dia e que poderia se reinventar como atleta. Mais uma vez decidiu arriscar.
Começou a disputar competições estaduais e aos poucos foi subindo degraus até se tornar número 1 do Brasil.
Hoje soma 24 títulos do circuito da Federação Internacional de Tênis (ITF) e está em terceiro lugar do ranking mundial de duplas.
“Eu me sentia muito bem na época do tênis, mas não tinha 10% da mente que eu tenho hoje.
No meio desse caminho o beach tennis apareceu numa brincadeira.
Fui jogar um campeonato, fomos super bem. Comecei a brincar, apaixonei, e o fogo de competir voltou.
Tudo na vida nos serve de lição, e o que o tênis me ensinou para a vida foi muito importante. Tudo isso foi agregando.
Tudo o que estou vivendo hoje é graças ao que eu passei lá atrás.”
Hoje a lesão na lombar não incomoda mais. Aos 32 anos, Daniel tem status de estrela do beach tennis nacional.
Nos Jogos Sul-americanos Santa Marta 2023, foi escolhido como um dos porta-bandeiras do Brasil, ao lado de Renata Santiago, do beach handball.
Sagrou-se campeão com Allan de Oliveira, nas duplas no masculino, e com e Vitoria Marchezini, nas duplas mistas.
Quer buscar mais títulos para levar o Time Brasil ao pódio e servir de exemplo para quem busca recomeçar.
“A gente vem de uma geração em que muitas pessoas não estão dispostas a pagar o preço, a se dedicar como deveria, e muitas vezes desperdiçam oportunidades.
Eu sempre tive muita disciplina, e com muito treinamento consegui ter os resultados que eu tive.
Quero poder inspirar as pessoas pelo meu começo na modalidade já com 26 anos, pela minha história de persistência.
Acho que isso é o que inspira.
Esse é o meu legado.”