Jornal o Centro -  O Epicentro das Notícias
Jornal o Centro - O Epicentro das Notícias
Tuesday, 18 Jul 2023 00:00 am
Jornal o Centro -  O Epicentro das Notícias

Jornal o Centro - O Epicentro das Notícias

Alguns minutos livres eram suficientes. Fosse no aquecimento, antes ou depois dos treinos ou nos momentos de descanso, a seleção brasileira feminina de beach handball apostava nas dancinhas para descontrair e formar um ambiente leve rumo ao ouro nos Jogos Sul-americanos de Praia Santa Marta 2023. A líder dessas coreografias era Carolina Pires, especialista na quadra e influencer nas redes sociais. 

Carolina é filha de Cynthia Piquet, tricampeã mundial de beach handball e veterana da seleção. Costuma dizer que nasceu dentro de uma quadra, e desde os oito anos jogava tanto na modalidade indoor quanto na praia. Foi nas areias que chegou à seleção, e hoje, aos 21 anos, exerce essa liderança no jogo e nos “ensaios” das coreografias da moda. 

“Dançar é algo que gosto muito, um jeito de distrair. Durante a pandemia postei um vídeo dançando que viralizou no TikTok, e aos poucos fui trazendo isso para a seleção. A gente vem tendo uma fase de treinamentos muito puxada, e dançar é uma forma de descontração”, contou Carol, que hoje tem mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais.

Na Colômbia a seleção feminina de beach handball teve 100% de aproveitamento e foi campeã após vencer a Argentina em jogo duro na decisão. Após a conquista, embaladas pelo pandeiro de João Paulo Sousa, da seleção masculina, e pela cantoria da torcida nas arquibancadas, as meninas dançaram e cantaram em quadra ao som de Whisky a Gogo, do grupo Roupa Nova. Mais um reflexo do bom ambiente da delegação. 

“A gente fica muito focada na competição, e às vezes a ansiedade atrapalha. A dança tem esse efeito de relaxar a equipe. A gente assiste aos vídeos com as coreografias, ensaia no quarto, depois faz o que eu chamo de aula prática, aplica e está tudo certo. É muito legal”.
Carol também tenta usar o potencial de suas redes sociais para impulsionar o beach handball. Além das coreografias posta bastante sobre a rotina de treinos, jogos e viagens e se emociona quando recebe relatos de que inspirou algum seguidor. 

“Muita gente não conhece o handball de praia, por mais que sejamos número 1 do mundo no ranking. Então faço o máximo para trazer isso para minhas redes sociais, para que se torne um esporte mais visado e valorizado no nosso país. Muita gente fala que voltou a jogar depois que viu meus vídeos. Isso alimenta muita coisa na gente que almeja isso”.