O papa Francisco recebeu alta do hospital nesta sexta-feira (16), nove dias após a cirurgia para a retirada de uma hérnia abdominal. O médico disse que ele está mais forte do que antes.
O pontífice, de 86 anos, deixou a Clínica Gemelli, em Roma, em uma cadeira de rodas, sorrindo e acenando para os repórteres e simpatizantes na entrada principal, enquanto era levado para um carro que o aguardava.
"O papa está bem. Ele está em melhor forma do que antes", disse Sergio Alfieri, que operou Francisco em 7 de junho.
O Vaticano informou que ele fará a oração do meio-dia no domingo (18), na Praça de São Pedro, e retomará as audiências privadas na próxima semana, mas não participará da audiência geral de quarta-feira (21) na praça, "para salvaguardar sua recuperação pós-operatória".
Francisco deve receber o presidente cubano, Miguel Mario Díaz-Canel, na próxima terça-feira, disseram fontes diplomáticas à Reuters.
Enquanto estava sendo levado para o carro, Francisco foi questionado sobre a mais recente tragédia de migrantes na costa da Grécia, onde pelo menos 79 pessoas se afogaram na madrugada de quarta-feira e centenas estão desaparecidas, possivelmente mortas.
"Tanta dor, tanta dor", disse ele, segundo a mídia italiana.
Antes de retornar ao Vaticano, o papa parou para rezar diante de uma imagem de Nossa Senhora, na Basílica de Santa Maria Maggiore, um de seus costumes quando retorna de viagem ou de uma internação hospitalar.
Ao chegar a um portão do Vaticano, desceu brevemente do carro e, permanecendo de pé por um minuto, agradeceu aos membros da escolta da polícia italiana.
Alfieri disse que o papa está bem o suficiente para viajar. Francisco vai a Portugal no início de agosto e à Mongólia no fim do mesmo mês.
"Ele será capaz [de desempenhar suas funções] melhor do que antes, porque não terá mais o desconforto. Ele será um papa mais forte", disse Alfieri.
"Ele já voltou a trabalhar. Pedimos que descansasse um pouco e tenho certeza de que, desta vez, nos ouvirá um pouco mais, porque tem alguns compromissos importantes que ele nos disse que respeitaria."
"O papa nos disse: 'Obrigado, rezem por mim, ainda estou vivo'", disse Alfieri.
Tradicionalmente, o papa tira todo o mês de julho de folga, com as bênçãos de domingo como suas únicas aparições públicas, de modo que ele terá o próximo mês para descansar antes de suas viagens.